domingo, 20 de maio de 2012

Radicais Livres: Bons ou Maus?


Oi pessoal!!
           Depois de falar tanto em como os radicais livres são formados, acho que vocês devem estar se perguntando, “Mas, afinal, para que servem esses radicais livres?
     Os radicais livres, como já foi dito anteriormente, são moléculas produzidas naturalmente pelo organismo e desempenham um papel muito importante nele. Esse papel relaciona-se à participação dos radicais livres na defesa do organismo. Quando algum microorganismo adentra o organismo, tal como um vírus ou uma bactéria, ocorre a ativação do sistema imunológico. Os primeiros a chegarem na região da invasão são os neutrófilos que agirão contra o invasor com o uso de enzimas, por exemplo. Além da ação dos neutrófilos, também há a atuação dos macrófagos. Quando ativados, os macrófagos aumentam a produção de radicais livres graças a atuação da NADPH oxidase que participa da via das pentoses fosfato. Essa relação foi comprovada, pois na escassez de glucose-6-fosfato (particpante da via das pentoses), observou-se uma maior suscetibilidade a infecções. Quando entram em contato com o invasor, os macrófagos o fagocitam e liberam radicais livres como o superóxido para causar a destruição da substância estranha. Essa destruição ocorre, porque, como já foi mencionado no último post, os radicais livres, por terem um elétron desemparelhado, tentam se associar a outras moléculas e, dessa forma auxiliam no combate a partículas estranhas. Neste contexto, os radicais livres passam a ser considerados bactericidas.
          Bom.... Já deu para perceber que a presença dos radicais livres em nosso organismo é extremamente importante. No entanto, em excesso, eles podem ser prejudiciais.
       A quantidade de radicais livres presentes em nosso corpo depende da produção deles e da ação dos antioxidantes. Quando a produção excede a capacidade antioxidante, diz-se que ocorre estresse oxidativo. Essa situação pode causar danos de diferentes níveis ao organismo. O dano mais comum causado é a lipoperoxidação, ou seja, a oxidação de membranas. Essa oxidação se dá quando os radicais livres reagem com os lipídeos formando outra espécie de radical livre, um ROO- , que, por sua vez, pode reagir com moléculas adjacentes dando origem a uma cascata de reações. Esse processo de lipoperoxidação apresenta consequências diretas na membrana que é impedida de realizar suas funções devido às alterações sofridas. Além do efeito citado acima, em estresse oxidativo, os radicais livres também podem reagir com o DNA ou proteínas causando outros tipos de prejuizos ao organismo.
           A partir das informações acima, pode-se concluir que, em condições em que as reações prooxidantes são mais predominantes que as antioxidantes, os radicais livres, devido aos danos que causam às células, contribuem para o envelhecimento.

Postado por Carolina Saldanha

Referências Bibliográficas:



Artigo: “Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos
de formação e adaptação ao treinamento físico”
Cláudia Dornelles Schneider e Alvaro Reischak de Oliveira

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