quinta-feira, 3 de maio de 2012

Envelhecimento do Sistema Neurocognitivo


Oi galera!
Nessa parte do blog, nós explicaremos a influência do envelhecimento na neurocognição e as principais doenças relacionadas a isso. Hoje faremos uma introdução sobre esse assunto.
O sistema neurocognitivo é a parte do sistema nervoso que proporciona conhecimento ao ser humano, de modo que ele possa ter atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Como já foi observado no blog, o envelhecimento proporciona o progressivo mau funcionamento dos organismos em geral, e a degradação do sistema neurocognitivo também deve ser considerada.
O cérebro do indivíduo idoso geralmente é menor e mais leve que o de um adulto saudável. Além disso, os números de neurônios e de sinapses diminuem à medida que a pessoa envelhece. Isso gera sintomas psicológicos e físicos, como lapsos de memória, raciocínio mais lento, tremores, dificuldades de locomoção, entre outros.

Ademais, o envelhecimento proporciona uma diminuição na produção, na liberação e no metabolismo de neurotransmissores. A concentração de enzimas envolvidas em cascatas e em redução de sinais também é reduzida, inclusive das enzimas que regulam a homeostase do cálcio. Este regula a síntese e liberação de neurotransmissores, a excitabilidade neuronal e a fosforilação de proteínas. O acúmulo de cálcio no cérebro do idoso gera morte celular.
A produção de dopamina, precursora da adrenalina e da noradrenalina, é altamente afetada com a progressão da idade, e seus níveis são os que mais diminuem. Entretanto os níveis de acetilcolina também se tornam baixos. Há enzimas que podem ter sua concentração aumentada, como a monoaminoxidase.
O substrato chave da síntese de acetilcolina é a acetilcoenzima A, sintetizada no cérebro pela glicólise anaeróbica, apenas. Desse modo, pode-se afirmar que a redução do “turnover” da glicose afeta a síntese desse neurotransmissor, ou seja, a baixa atividade da glicólise no cérebro, provocada pelo envelhecimento, diminui a produção de acetilcolina, o que gera redução da atenção e da capacidade de aprendizado.
No líquido cefalorraquidiano, há evidências de que os níveis de noradrenalina e do 5-HIAA, metabólito da serotonina, aumentam. Também há um crescimento dos níveis séricos de metoxi-4-hidroxifenilglicol. No que diz respeito à concentração de noradrenalina no cérebro, há pesquisadores que afirmam que ela diminui, enquanto outros dizem que ela se mantém.
Há também controversas sobre o que acontece com os níveis de serotonina na medida em que o organismo envelhece. Alguns estudos afirmam que eles diminuem, e outros dizem que eles não sofrem modificações significativas. Divergências também existem no estudo das concentrações de glutamato no córtex cerebral, que podem ser reduzidas, aumentadas ou mantidas, também nas concentrações de GABA também no córtex do cérebro, que foi encontrada diminuída ou normal.

Nas próximas publicações sobre esse tema, serão abordadas as principais características bioquímicas de algumas doenças relacionadas ao sistema neurocognitivo e influenciadas pelo envelhecimento.
Até mais, leitores!


Postado por: Daniela Pinheiro


Bibliografia:
www.idosofisioabdala.com/86101/86143.html
www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1802/262%20revisao.pdf

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