Oi galera !
Imagino que vocês
estejam muito ansiosos para que voltemos a postar sobre métodos antienvelhecimento
e métodos de rejuvenescimento não é? Pois bem, o tema de hoje é sobre a bioquímica
do BOTOX®.
Como já foi
dito anteriormente, o BOTOX® é o nome usual da toxina botulínica tipo A usada
para tratamentos faciais. Esta toxina é secretada pela bactéria Clostridium botulinum e está relacionada
com uma doença muito importante, o botulismo, adquirida principalmente a partir
da ingestão de alimentos contaminados. Esta doença causa paralisia muscular,
podendo levar a morte.
Mas então como
uma toxina fatal pode ser usada como método de tratamento estético ?
A toxina pode
ser utilizada como BOTOX®, por este ser aplicado em doses quase homeopáticas de
forma local. Assim, sua ação paralisante muscular age, teoricamente, apenas na região
desejada, não existindo em quantidade suficiente para agir em músculos vitais.
O importante é ressaltar que existem controvérsias sobre este ser um método totalmente
seguro, já que existe sim a possibilidade de uma parte dele se espalhar na
corrente sanguínea.
AÇÃO DA TOXINA
BOTULINICA NO ORGANISMO:
A bioquímica desta
toxina é muito interessante. Ela é um polipeptídeo constituído por uma
estrutura de cadeia leve e uma de cadeia pesada, unidas por uma ligação dissulfeto.
Entrando em contato com a membrana externa dos neurônios, a partir da circulação
nos sistemas circulatório e linfático, ela se liga à membrana por intermédio de
receptores desta e é fagocitada pela célula.
Esta endocitose
é mediada por proteínas chamadas clatrinas, que estão relacionadas aos diversos
mecanismos de formação de vesículas das células, e neste processo só a cadeia
leve adentra a célula. Depois de conseguir atingir o citossol, a cadeia leve da
toxina se liga a receptores de proteínas de membrana responsáveis por fazer
exocitose das vesículas que contêm os neurotransmissores acetilcolina, os
tornando inativos.
Com isso a
acetilcolina, neurotransmissor presente nas placas motoras (conjunto de fibras
musculares e terminações nervosas que possibilitam sua contração), apesar de
continuar a ser produzida normalmente não consegue se exteriorizar. Logo, os músculos
não recebem estímulos para contrair, o que leva à paralisia flácida. Com o
tempo, o próprio neurônio produz mais receptores responsáveis pela exocitose,
inativando o efeito da toxina.
Nos
tratamentos faciais, todo esse processo ocorre nos músculos desejados, e por
isso os músculos da face se tornam incapazes de se contraírem por algum tempo. E,
como as rugas de expressão são decorrentes da diminuição da sustentação da pele
e se encontram nas regiões que ocorrem mais contrações musculares, seguindo
inclusive a direção das fibras musculares, a paralisia dos músculos da mímica facial
atenua as rugas de expressão.
Espero que
tudo tenha ficado claro para todos vocês e qualquer dúvida é só postar, que
tentaremos responde-la da melhor forma possível. E só uma curiosidade: o nome
da toxina deriva da palavra em latim referente à salsicha, já que ela foi
descoberta na Alemanha em salsichas contaminadas.
Referencias:
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