terça-feira, 1 de maio de 2012

Taxa Metabólica Basal


Oi Pessoal!

Hoje, eu vou começar a falar um pouco sobre a relação do metabolismo com o processo de envelhecimento.
        O metabolismo compreende o conjunto de reações químicas e físicas que permitem o funcionamento do organismo. Ele é dividido em catabolismo e anabolismo que são, respectivamente, reações de quebra e de síntese de biomoléculas como proteínas, lipídeos ou ácidos nucleicos. A partir desses dois conceitos, define-se homeostase como um equíbrio entre anabolismo e catabolismo, ou seja, quebra-se tanto quanto constrói-se. 

  
     

      Para que possamos realizar atividades físicas ou fazer coisas mais simples como subir escadas ou passear o cachorro, o nosso corpo consome energia que é ofertada pelos alimentos que ingerimos. No entanto, quando estamos em repouso, o nosso organismo continua gastanto energia, só que somente a necessária para nos mantermos vivos, ou seja, aquela que permita o funcionamento dos órgãos e a manutenção das funções vitais. Essa quantidade mínima de energia necessária é o que se chama de taxa metabólica basal (TMB). Para se medir a TMB, utiliza-se a equação de Harris-Benedict:

Homens: TMB = 66,47 + (13,75 . P) + ( 5,00 . A) - (6,76 . I)

Mulheres: TMB = 655,1 + (9,56 . P) + ( 1,85 . A) - (4,68 . I)

                                 Cosiderando que: P = peso A= altura I = idade em anos

      A partir das equações acima, é possível concluir que a taxa metabólica basal depende do peso, da idade e da altura.
      Durante o processo de envelhecimento não é comum haver uma grande variação no peso da pessoa, apesar de ser comum o ganho de massa gorda, que se concentra na região abdominal e a perda de massa magra.
      À medida que se envelhece, ocorrem mudanças no organismo que irão influenciar a taxa metabólica basal. Pesquisas demonstram que ao se comparar a TMB calculada e a medida, os jovens não apresentam grande variação entre as duas enquanto os velhos apresentam uma queda na TMB medida em relação à calculada. Essas variações ocorrem, no entanto, independente de mudanças na composição do organismo, o que comprova que há uma diminuição da TMB devido ao envelhecimento e não às mudanças na composição do organismo. Isso significa que, apesar de haver variações de massa livre de gordura e de massa gorda, o peso se mantém e, portanto, não deveria haver uma variação considerável da TMB, que, entretanto, é observada em pessoas mais velhas. Acredita-se que essa variação possa ser explicada devido à mudança na composição da massa livre de gordura observada em idades mais avançadas.
    Os diferentes órgãos apresentam uma participação distinta na massa livre de gordura e na Taxa Metabólica Basal. Como exemplo, pode-se citar o cérebro, o fígado, o coração e os rins que respondem por cerca de 60% da TMB, no entanto, contribuem com apenas 7% da massa livre de gordura. É comprovado que a idade altera a participação desses órgãos na TMB, mas não altera sua massa. Portanto, conclui-se que a queda da TMB dos órgãos pode ser uma das responsáveis por uma queda na TMB do indivíduo.
   Observa-se, a partir das considerações feitas acima, que o envelhecimento causa alterações no metabolismo que dependem da quantidade de exercício físico praticado e da alimentação de cada um.
Fique de olho, porque mais postagens sobre o envelhecimento metabólico estarão disponíveis em breve!

Postado por: Carolina Saldanha


Referências Bibliográficas:

Artigo “Body composition changes with aging: The cause or the result of alterations in metabolic rate and macronutrient oxidation? “ de Marie-Pierre St-Onge, Ph.D. e Dympna Gallagher, Ed.D.


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