Oi gente! A disfunção
neurocognitiva que eu vou explicar hoje será a doença de Parkinson,
que é o mais comum distúrbio neurodegenerativo relacionado a
movimentos. Seus principais sintomas são tremor em repouso,
bradicinesia – vagarosidade nos movimentos e perda de movimentos
suplementares harmoniosos – e rigidez. Nos casos mais avançados,
pode haver instabilidade postural, disfunções na caminhada,
dificulade ao engolir e falar, distúrbios autonômicos e
comprometimento cognitivo.
Uma das principais
características da doença de Parkinson é a degeneração de
neurônios dopaminérgicos da substância
negra, responsável pelo controle motor. Essa degeneração
causa um aumento dos dirparos tônicos dos neurônios GABAérgicos, o
que causa uma diminuição na atividade do tálamo, impedindo-o de
facilitar o início do movimento.
Paralelamente a isso,
ocorre perda de dopamina no corpo estriado, um dos núcleos de base
que compõem o diencéfalo. Essa perda é provocada pela associação
de oligômeros da proteína α-sinucleína
a vesículas. Agregados de α-sinucleína nos neurônios do córtex
cerebral formam os corpos de Lewy, inclusões citoplasmáticas que
geram demência.
A
perda da dopamina ocorre pela oxidação dessa substância, gerando
moléculas que podem funcionar como toxinas endógenas. Por essa
razão, os neurônios dopaminérgicos da substância negra se tornam
sucetíveis ao estresse oxidativo, que é o
desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no
organismo. Ou seja, as toxinas formadas passam a oxidar uma
quantidade muito alta, além do normal, de substâncias desses
neurônios, o que danifica-os.
Disfunções
mitocondriais também são causadoras da doença de Parkinson. Uma
droga denominada N-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetraidropiridina (MTPT),
quando utilizada por um indivíduo, é metabolizada em MPTP+
e MPP+
(1-metil-4-fenilpiridinium). O MPP+
é
recaptado pelos neurônios dopaminérgicos da substância negra por
ter alta afinidade pelo transportador de dopamina na fenda
sináptica. Sabe-se que o MPP+
é
um inibidor da cadeia transportadora de elétrons, por isso ele
dificulta o funcionamento das mitocôndrias, podendo consequentemente
provocar a morte desses neurônios.
Por hoje é só! Eu espero ter esclarecido um pouco sobre a doença de Parkinson. Aguardem o próximo post, ele falará sobre a doença de Huntington, muito interessante também. Tchau!
Postado por Daniela Pinheiro
Referências Bibliográficas:
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