domingo, 27 de maio de 2012

Doença de Parkinson


 Oi gente! A disfunção neurocognitiva que eu vou explicar hoje será a doença de Parkinson, que é o mais comum distúrbio neurodegenerativo relacionado a movimentos. Seus principais sintomas são tremor em repouso, bradicinesia – vagarosidade nos movimentos e perda de movimentos suplementares harmoniosos – e rigidez. Nos casos mais avançados, pode haver instabilidade postural, disfunções na caminhada, dificulade ao engolir e falar, distúrbios autonômicos e comprometimento cognitivo.
Uma das principais características da doença de Parkinson é a degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra, responsável pelo controle motor. Essa degeneração causa um aumento dos dirparos tônicos dos neurônios GABAérgicos, o que causa uma diminuição na atividade do tálamo, impedindo-o de facilitar o início do movimento.
Paralelamente a isso, ocorre perda de dopamina no corpo estriado, um dos núcleos de base que compõem o diencéfalo. Essa perda é provocada pela associação de oligômeros da proteína α-sinucleína a vesículas. Agregados de α-sinucleína nos neurônios do córtex cerebral formam os corpos de Lewy, inclusões citoplasmáticas que geram demência.
A perda da dopamina ocorre pela oxidação dessa substância, gerando moléculas que podem funcionar como toxinas endógenas. Por essa razão, os neurônios dopaminérgicos da substância negra se tornam sucetíveis ao estresse oxidativo, que é o desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no organismo. Ou seja, as toxinas formadas passam a oxidar uma quantidade muito alta, além do normal, de substâncias desses neurônios, o que danifica-os.
Disfunções mitocondriais também são causadoras da doença de Parkinson. Uma droga denominada N-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetraidropiridina (MTPT), quando utilizada por um indivíduo, é metabolizada em MPTP+ e MPP+ (1-metil-4-fenilpiridinium). O MPP+ é recaptado pelos neurônios dopaminérgicos da substância negra por ter alta afinidade pelo transportador de dopamina na fenda sináptica. Sabe-se que o MPP+ é um inibidor da cadeia transportadora de elétrons, por isso ele dificulta o funcionamento das mitocôndrias, podendo consequentemente provocar a morte desses neurônios.


Por hoje é só! Eu espero ter esclarecido um pouco sobre a doença de Parkinson. Aguardem o próximo post, ele falará sobre a doença de Huntington, muito interessante também. Tchau!

Postado por Daniela Pinheiro

Referências Bibliográficas:

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