Já aprendemos que o
processo de envelhecimento apresenta uma relação direta com o metabolismo
celular, devido a formação de radicais livres que esse metabolismo pode gerar.
Sabemos também que as proteínas possuem diversas funções que auxiliam o pleno
funcionamento dos processos metabólicos, e , portanto, apresentam também uma
influência direta no envelhecimento. Nesse post, apresentaremos as proteínas
que apresentam essa relação e como uma falha na função destas pode
produzir um efeito cascata devastador para o organismo.
A primeira proteína a ser
abordada é a proteína eIF5A, que até hoje representa um mistério para a
comunidade científica. A proteína eLF5A apresenta uma diferença dentre as
outras, pois possui em sua estrutura primária, o aminoácido hipusina. Esse
aminoácido resulta de um processo denominado Hipusinaçao, que consiste na
transformação de um resíduo de Lisina em Hipusina. A proteína eLF5A esta
envolvida com o processo de síntese protéica, porem a sua função ainda é
desconhecida. O que se sabe é que esta proteína apresenta uma relação direta
com a perda de memória durante o envelhecimento. A proteína eLF5A se situa
tanto em dendritos como em corpos celulares do neurônicos. Essa localização
possibilita que o a eLF5A auxilie na síntese protéica dendritica e garante que
as sinapses ocorram. Estudos demonstram que o conteúdo de eLF5A no organismo
reduz em ate 50% em ratos idosos quando comparada com os adultos, e essa
redução pode explicar a perda de memória que ocorre em organismos mais idosos.
Outras proteínas que
apresentam influência direta no envelhecimento são a Par-4 e a Caspade-3, pelo
suas respectivas ações no apoptose. A apoptose consiste na morte programada
pela célula provocado por algum sinal ou fator intracelular ou extracelular. No
decorrer do envelhecimento, a freqüência das apoptoses tende a aumentar, devido
a desordens neurológicas. É nesse contexto que se insere a importância de
proteínas como a Par-4 e a Caspade-3, pois ambas apresentam papel essencial na
sinalização apoptótica . A proteína Par-4, se apresenta mais abundantemente em células
que estão morrendo, e sua ativação pode levar a disfunções mitocôndrias e
eventualmente a morte celular. A proteína Caspade-3 também é imprescindível
para iniciar a sucessão de eventos intracelulares que levaram a morte celular.
“Estudos evidenciam que o nível de estresse oxidativo pode levar a celular a
morte, possivelmente pela modulação diferenciada da atividade das caspases.
(Hortelano et al., 1997; Leist et al.,1997). Essas proteínas são encontradas mais
freqüentemente no tecido nervoso.
Há diversas pesquisas em andamento a respeito de proteínas do
envelhecimento. Dentre elas as mais pesquisadas são, a proteína SIRT6, pela sua
participação na estabilidade genômica e a Estomatina, pela sua ação na parada
da divisão celular. Conhecer bem os efeitos dessas proteínas pode ajudar a
elucidar alguns mistérios do envelhecimento.
Bibliografia:
http://www.methodus.com.br/artigo/835/mais-vida-nova-rota-para-a-longevidade.html
http://www.usp.br/agen/?p=5889
Postado por: Artur Burle
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