Oi pessoal!
O assunto de hoje é uma
disfunção do sistema neurocognitivo não tão conhecida pela
população como as duas outras, mas também é muito importante
comentarmos sobre ela. É a doença de Huntington.
Uma das manifestações
mais comuns dessa doença é a coreia, ou seja, a contração
involuntária de músculos voluntários gerando movimentos
involuntários de partes do corpo, que geralmente se iniciam na face
e depois atingem outras regiões.
A causa da doença de
Huntington é uma mutação no gene que codifica a proteína
huntingtina, presente principalmente no cérebro. Essa mutação é
caracterizada por repetições anormais
da sequência CAG (citosina – adenina – guanina). Entre as
funções da huntingtina está a participação nos
processos de migração vesicular e de exocitose de substâncias
como neurotransmissores e enzimas, devido ao fato de ela estar
associada às membranas do aparato de Golgi. Além disso, essa
proteína auxilia na apoptose celular.
Enquanto
a huntingtina normal se encontra quase exclusivamente no citoplasma
celular, a huntingtina mutante se localiza, em sua maioria, no núcleo
das células. Isso modifica a ação da proteína, de modo que ela
interaja de forma anormal com outras proteínas. Um exemplo disso é
o aumento na intensidade da ligação entre a huntingtina e uma
proteína denominada HAP1 (huntington associated protein 1). Esse
aumento deve-se à alta quantidade de poliglutamina (sequência de
moléculas do aminoácido glutamina, codificado pela sequência CAG).
O primeiro efeito dessas interações anormais é a
perda de neurônios na parte paraventricular medial do núcleo
caudado e no putâmen dorsal. Essa perda também é consequência da
falha dos mecanismo de exocitose e de migração celular.
Postado por Daniela Pinheiro
Boa tarde , gostaria de saber como acontece de fato esse processo da proteína huntingtina, vi em um vídeo que o organismo tenta combater essa proteína e com isso destrói estruturas do cérebro. Isso procede ? Aguardo retorno
ResponderExcluirNão tenho 100% de certeza, mas acredito que a destruição das células que contém o gene mutante se dá pela toxicidade do excesso da poliglutamina presente na proteína huntingtina.
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